segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sergipe em Joinville

Os bailarinos sergipanos estão arrumando as malas para o 28º Festival de Dança de Joinville, reconhecido pelo Guinness Book como o maior evento do gênero no mundo.
O Festival de Dança de Joinville acontece sempre no mês de julho e recebe bailarinos de todo o Brasil, além de outros países, principalmente da América do Sul. Nos Anos que fui visitar o festival, tive a oportunidade de assistir apresentações da Argentina, Paraguai, Uruguai, EUA e Inglaterra.
Além das competições (mostra principal e meia-ponta - para crianças até 12 anos) o festival oferece a Feira da Sapatilha, local onde estão as principais marcas de artigos para dança de todo o Brasil, a Mostra de Contemporânea de Dança, onde Companhias de Dança profissionais apresentam seus trabalhos, palcos abertos espalhados por toda a cidade e os cursos, umas das grandes atrações do festival.
Os cursos duram entorno de 07 dias e sempre são ministrados por grandes nomes da dança brasileira.
Este ano Sergipe terá um grande número de bailarinos circulando pelo festival. Academias de dança da Cidade estarão se apresentado nos palcos abertos, bailarinos independentes e companhias de dança estarão fazendo os cursos oferecidos no festival, atualizando-se e trazendo novos conceitos para a dança Sergipana.
Uma dica para quem quer saber tudo sobre o que está acontecendo sobre o festival, é acessar os blogs dos bailarinos Julia Delmondes e Rodolpho Sandes, além do XiqueXiqueBlog. Eles estarão relatando tudo que acontece no Festival, além de dicas de lugares para visistar, tirar o melhor proveito dos 10 dias de Festival e dicas de looks para sair neste inverno.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

As unhas vermelhas da Rosa Negra

Nesta noite quarta-feira me deparei com uma apresentação que me chamou bastante atenção, “Fragmentos de Choros e Canções”, apresentado pela Graduanda e também Diretora do Rosa Negra Grupo de Dança, Renata Carvalho. Um trabalho completamente autoral, repleto de gestos e trejeitos característicos daquele corpo pensante.

“Fragmentos de Choros e Canções” me remeteu a uma boneca que aparentemente ler um livro e logo depois toma “vida”. Renata me levou para um mundo novo, repleto de sensações, equilíbrio e desequilíbrios. Cores fortes e babados delicados. Uma mistura de menina e mulher. A razão e o sentimento. Ali foram expostos seus sentimentos, suas fraquezas e antes de mais nada seus desejos de uma dança autoral.

Quem conhece a trajetória da Renata na dança, não consegue encontrar seu vocabulário, é como se tudo que ela soubesse, tivesse desaparecido como uma simples troca de roupas e a partir deste esvaziamento, começa-se a tecer seu novo código.

Braços, pernas, tronco e sorriso foram os elementos fundamentais nesta construção, onde a interprete literalmente se despe do antigo e juntando retalhos de referencias vivas na sua vida constrói essa nova pele, mas rebuscada e cheia de babados.

Outro fator interessante desta Renata foi ouvir da sua voz todos os pensamentos antes corporificados, cada letra que antes foi desenhada pelo corpo estava ali, dentro do seu pequeno caderno pautado, repleto de segredos e revelações.

Mais uma vez a rosa desabrocha neste jardim tão conturbado e sublime que é o palco.