sábado, 30 de janeiro de 2010

Dança Sergipana

Ballet Jovem do Palacio das Artes
Falar da dança sergipana é muito difícil para mim. Vou tentar escrever sem ser partidário, levantar bandeira ou criar polêmica, mas com um olhar de quem chegou nesta terra para tentar algo novo.
A dança sergipana atualmente passa por uma reformulação, uma auto-critica. Estamos no que eu chamo de 4º movimento. O primeiro movimento se deu com a abertura das primeiras escolas e academias de dança no Estado, o segundo iniciou com o surgimento de grupos de dança oriundos destas escolas, que posteriormente abriram seus espaços. Com o transcorrer do tempo, a dança do Estado (precisamente na Capital) foi sendo claramente rotulada de “dança para lazer”, “dança como hobby” e outros adjetivos para a não profissionalização da mesma.
Com novos olhares e perspectivas de mercado, jovens assim como eu, buscaram certo profissionalismo através de técnicas e pesquisas, estudando a história e as diversas áreas que compõem o estudo da dança. E acaba de iniciar o 4º movimento produtivo do setor.
Como tendência natural do homem, este grupo busca dialogar com todos os corpos, ciências e áreas artísticas, preocupados não só com o desenvolvimento corporal, como também o científico e político, querendo e conseguindo evoluir.
Esta nova fase da dança sergipana deve-se a abertura do Teatro Tobias Barreto (TTB) na capital, possibilitando a vinda de grupos e companhias de dança de grande expressão nacional e internacional, abrangendo as diversas vertentes da dança. Com esta abertura, os profissionais puderam conhecer técnicas, conceitos e práticas coreográficas de várias partes do mundo, ampliando assim seus vocabulários corporais.

FEDERAL E SEMANA SERGIPANA DE DANÇA
No final de 2007 foi criado o Curso de Licenciatura em Dança na Universidade Federal de Sergipe, elevando a condição da Dança a ciência em nosso Estado. Fortalecendo seus ideais e práticas, e ampliando as discussões a cerca da Dança Sergipana.
Outro ponto muitíssimo importante foi à criação da Semana Sergipana de Dança (SSD) em 2007, pelo então Diretor do TTB Lindolfo Amaral, importante figura das artes cênicas do nosso Estado. A SSD permitiu o surgimento de grupos e companhias de dança no Estado, além de possibilitar a demonstração pública de pesquisas em formas de trabalhos coreográficos de grupos já existentes, consolidando assim suas práticas.

Estes grupos hoje se encontram em fase de diálogo, formatando documentos que rejam os artistas de dança na Capital. Importantes frentes estão surgindo, como por exemplo, o mapeamento dos grupos da capital e interior, o encontro dos Artistas de Dança e a definição das diretrizes para a Dança Sergipana realizados por Carol Naturesa e Klely Perelo.


CONCLUSÃO
A dança sergipana nos últimos 07 anos vem crescendo e desenvolvendo uma característica própria, valorizando seus artistas e gerando emprego e renda a todos que vivem das artes cênicas. O surgimento da Semana Sergipana de Dança com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, a abertura do Curso de Licenciatura em Dança na Universidade Federal, a dança em Sergipe poderá se desenvolver, mas sem o apoio da classe elitista (academias) este desenvolvimento não será tão rápido, pois grupos dependem de bailarinos qualificados para desenvolverem seus trabalhos e só quem pode fornecer estes bailarinos são as academias, uma troca cíclica, entre a matéria-prima e o produto final.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Capital da Cultura Popular

Laranjeiras, cidade a 20 km da capital Aracaju, com edificações coloniais que marcam a história de Sergipe e do Brasil, sediou no inicio deste mês (07 a 10 de janeiro) seu XXXV Encontro Cultural.

Com uma programação repleta de música, dança, artes plásticas, debates e teatro, Laranjeiras concentrou cerca de 100 apresentações artísticas durante os 04 dias de festa. Com o tema: “Patrimônio Cultural: Pilar do Desenvolvimento”, a cidade afirma sua importância econômica, cultural e histórica para Sergipe. Um dos fatores importantes para o desenvolvimento da cidade é o “Campus das Artes” da Universidade Federal de Sergipe (UFS), abrigando os cursos de Arqueologia, Arquitetura e Urbanismo, Dança, Museologia e Teatro, contribuindo assim para a manutenção do titulo de Cidade Patrimônio Histórico Nacional.

O encontro cultural, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Laranjeiras, visa resgatar a cultura popular e valorizar a cultura contemporânea, que tem como fonte o popular.

Grupos consagrados como o Grupo de Teatro de Rua Imbuaça estava apresentando no palco “Dona Lalinha” o seu novo espetáculo “O mundo tá virado”, que teve estréia em 2009 no I Festival de Teatro de Rua de Porto Alegre, ao mesmo tempo um novo grupo de dança, a Cubos Companhia de Dança apresentava seu espetáculo “Reverso” no palco em frente a Igreja da Matriz. O público não sabia para onde ir com tanta diversidade existente no mesmo lugar.

Um outro fator muito importante foi a falta de sinalização dos palcos onde estavam acontecendo as apresentações. O público e artistas ficaram perdidos pela cidade sem saber por onde ir para cada palco, cada apresentação. Apesar deste pequeno contratempo de direções, o XXXV Encontro Cultural de Laranjeiras foi realizado com muito esforço e sucesso daqueles que apostaram nele. Vida longa a esta manifestação cultural genuinamente Sergipana.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sergipanidade

Onde se encontra a identidade de um povo?

É certo falar que identidade vem com o tempo? Que uma criança não possui identidade? Uma cidade nova não possui um ar, uma característica sua?

Depois de uma leitura sobre “onde está a ‘baianidade?’”, me surgiu esse questionamento sobre a sergipanidade. Não sei se a baianidade, a pernambucanidade ou a sergipanidade existem, certo que morei em 03 capitais diferentes, onde muito novo tiver que me separar delas, mas com oportunidades passei a visitá-las e conhecê-las melhor. Observar seus detalhes, seus cheiros, seu sabores.

Fiquei um pouco surpreso em notar certo distanciamento do povo de Sergipe para com a sua cultura. Esta na cultura a identidade de um povo, suas raízes, seu futuro. Nas manifestações populares que resgatam o modo de viver do passado estão as respostas para o convívio contemporâneo, para as amarras do hoje e do amanhã.

Fico preocupado com este povo que não valoriza a sua riqueza, suas belas praias, sua bela gente.

Fico preocupado com o povo que reclama e não muda, que não briga, que não vai para rua se fazer ouvir. Será que a passividade esta na sergipanidade? Ou a sergipanidade esta na passividade?

Por onde o sergipano se construiu? Para onde ele já foi e para onde ela vai?

Alguém pode me responder?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ô!PÊGA














Expressão popular no Estado de Sergipe, situado no nordeste brasileiro.

Terra culturalmente rica, capaz de transformar simples imagens em belos cartões postais. Sua capital, Aracaju, terra de papagaios, castanhas, mercados e terminais.

Aracaju hoje é um caldeirão cultural, em todas as suas vertentes, vértices, esquinas, ruas, becos, avenidas, praias, teatros, cinemas e espaços. A nova geração aracajuana está conectada com as artes, com a diversão consciente e cultural.
O Ô!PÊGA vem para divulgar, relatar e opinar sobre os achados da nossa Aracaju.
A todos uma boa viagem cultural por todos os terminais desta Cidade.